O diálogo entre os dois países, que se transforma em uma esperança de longa data por um futuro pacífico, começará pela seção norte da fronteira, onde coincidem as fronteiras do Azerbaijão, Armênia e Geórgia, antes de avançar para o sul, em direção à fronteira com o Irã. Este movimento estratégico não apenas busca a tranquilidade territorial, mas também reflete um desejo genuíno por uma convivência pacífica, após décadas de conflitos que transformaram a região em um dos pontos mais voláteis do mundo.
As relações entre Azerbaijão e Armênia têm sido profundamente marcadas por confrontos, especialmente pela disputa sobre Nagorno-Karabakh, uma região de maioria armênia que gerou algumas das guerras mais sangrentas desde o colapso da União Soviética na década de 1990. Em 2022, com a mediação da Rússia, Estados Unidos e União Europeia, ambos os países iniciaram discussões sobre um tratado de paz, mas as hostilidades ressurgiram em 2023, culminando na captura do Nagorno-Karabakh pelo Azerbaijão e forçando muitos armenianos a fugirem para a Armênia.
No entanto, um prenúncio de mudança ocorreu quando, em meados deste ano, a Armênia reconheceu formalmente a soberania do Azerbaijão sobre suas fronteiras sob a configuração da era soviética, incluindo Nagorno-Karabakh. Mais recentemente, no início de dezembro de 2023, os dois países anunciaram oficialmente a intenção de normalizar suas relações, ressaltando a importância do respeito à soberania e à integridade territorial.
Este novo acordo sobre a delimitação de fronteiras pode representar o início de uma nova era para a região, permitindo que os dois países avancem em direção a um futuro mais estável e cooperativo, longe dos conflitos que marcaram suas histórias recentes.
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