Autoridade russa critica ocidente por falta de preocupação com a glorificação do nazismo em meio a votação na ONU sobre resolução de combate à ideologia.

Na mais recente sessão da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), um tema controverso emergiu: a glorificação do nazismo. A Rússia, por meio de seu representante permanente, Mikhail Ulyanov, expressou uma postura crítica em relação à votação que rejeitou uma resolução proposta pelo país, a qual objetivava o combate a essa prática. Ulyanov argumentou que a oposição manifesta por países ocidentais, como Estados Unidos, Alemanha, Canadá, Itália, Japão e Ucrânia, revela uma falta de preocupação com o renascimento de ideologias extremistas.

A votação ocorreu nesta quarta-feira, dia 18 de dezembro de 2024, e contou com 53 países que se posicionaram contra a proposta russa, enquanto 119 nações se mostraram favoráveis e 10 se abstiveram. O representante russo não poupou críticas, chamando as justificativas apresentadas por aqueles que votaram contra a resolução de “desajeitadas” e insuficientes. Sua fala ecoou uma crescente tensão nas relações internacionais, especialmente no que diz respeito à memória histórica e à condenação de regimes totalitários.

Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, também se manifestou, condenando especificamente os votos contrários de países com um passado associado ao nazismo, como Alemanha, Itália e Japão. Segundo Zakharova, a ausência de uma postura firme contra a glorificação de ideologias que trouxeram sofrimento ao mundo é alarmante e reflete uma tendência perigosa no cenário político contemporâneo.

A resolução proposta pela Rússia é parte de um esforço contínuo para confrontar o neonazismo e a glorificação de regimes totalitários que, segundo Moscovo, é amplamente ignorado ou minimizado no Ocidente. Em meio a um crescente clima de polarização política, a declaração de Ulyanov destaca como a luta contra ideologias extremistas permanece uma questão em aberto e muitas vezes contestada no cenário diplomático atual. As implicações desse debate transcendem a esfera política e ressoam nas esferas da memória coletiva e da educação histórica em todo o mundo.

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