O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa australiano, Richard Marles, que sublinhou a importância da colaboração com os EUA, indicando que as novas instalações também estarão disponíveis para uso dos americanos. Este esforço de modernização não apenas busca reforçar a capacidade operacional da Marinha Real da Austrália, mas também intensificar a parceria entre os países signatários, uma resposta direta às crescentes alegações de ambições expansionistas da China na região do Indo-Pacífico.
O pacto AUKUS, firmado em 2021, está centrado na entrega de submarinos de ataque à Austrália na próxima década, um passo chave para aumentar a segurança na área. A operação envolverá a venda de submarinos da classe Virginia pelos EUA e o desenvolvimento colaborativo de uma nova geração de submarinos entre Reino Unido e Austrália. Para iniciar o projeto, o governo australiano já havia investido anteriormente 127 milhões de dólares australianos, aproximadamente 452 milhões de reais.
Além do potencial estratégico, a modernização do estaleiro de Henderson está prevista para gerar cerca de 10.000 novos empregos, o que pode ter um impacto econômico significativo na região. O primeiro-ministro Anthony Albanese mencionou que, antes da entrega dos submarinos da classe Virginia, haverá uma rotação de embarcações dos EUA e do Reino Unido, trazendo benefícios substanciais para os aliados.
O pacto AUKUS tem encontrado um forte apoio bipartidário no Congresso dos Estados Unidos. Políticos de ambos os lados do espectro político expressaram entusiasmo em relação à cooperação estratégica com a Austrália. Esse apoio pode garantir a estabilidade e a continuidade do projeto nos próximos anos, apesar das críticas e revisões que foram sugeridas por alguns setores da política americana.
Assim, a Austrália se posiciona em um papel de maior protagonismo na arena de segurança do Indo-Pacífico, já que o fortalecimento das suas capacidades defensivas ocorre em um momento de intensa rivalidade geopolítica na região.
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