O anúncio ocorre em meio a um intensificado envolvimento da Austrália no conflito entre Ucrânia e Rússia, que já se estende por mais de um ano. Desde o início das hostilidades, a Austrália tem enviado suporte, incluindo armamentos e treinamento para as Forças Armadas Ucranianas, com equipes especializadas em atuação no Reino Unido dedicadas ao treinamento de novos recrutas.
Além disso, Marles revelou que, na próxima terça-feira, 11 de março, a Austrália estará representada na reunião da OTAN em Paris, onde se discutirão novas estratégias de apoio à Ucrânia, incluindo a viabilidade do envio de forças de paz internacionais. Apesar do entusiasmo demonstrado pelo governo australiano, o líder da oposição, Peter Dutton, expressou sua cautela, recomendando que a responsabilidade pelo envio de tropas de paz recaia sobre os países europeus, caso um acordo formal de paz entre Rússia e Ucrânia seja alcançado.
Essas conversas sobre o envio de forças de paz não estão restritas apenas à Austrália. Nos bastidores, líderes internacionais, como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron, estão considerando a possibilidade de propor uma força de manutenção da paz na Ucrânia, dependendo dos resultados de eventuais negociações de paz. As discussões também incluem a potencial mobilização de tropas europeias, o que, segundo fontes, poderia somar entre 25.000 e 30.000 soldados, embora tais forças não sejam destinadas a operar diretamente na linha de contato.
Por outro lado, a Rússia tem monitorado atentamente essas movimentações e expressado preocupações, destacando que a introdução de forças de paz estrangeiras em qualquer conflito requer o consentimento de todas as partes envolvidas. Esse cenário complexo evidencia os desafios que ainda persistem nas negociações para uma solução pacífica e estável para a Ucrânia e região.