Austrália Avalia Envio de Forças de Paz à Ucrânia em Resposta a Pedido de Kiev, diz Ministro da Defesa



A Austrália está se posicionando para atender a um pedido de apoio do governo ucraniano, manifestando a disposição de considerar a implantação de forças de paz na Ucrânia, segundo declarações do vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa, Richard Marles. Durante uma coletiva realizada na manhã de hoje, Marles afirmou que Camberra está disposta a analisar qualquer solicitação de ajuda de Kiev, enfatizando, no entanto, que esse esforço dependeria da criação de um cenário de “paz a ser mantida” na região. Isso sugere um condicionante importante para a presença de forças australianas: a necessidade de um acordo que cesse as hostilidades.

O anúncio ocorre em meio a um intensificado envolvimento da Austrália no conflito entre Ucrânia e Rússia, que já se estende por mais de um ano. Desde o início das hostilidades, a Austrália tem enviado suporte, incluindo armamentos e treinamento para as Forças Armadas Ucranianas, com equipes especializadas em atuação no Reino Unido dedicadas ao treinamento de novos recrutas.

Além disso, Marles revelou que, na próxima terça-feira, 11 de março, a Austrália estará representada na reunião da OTAN em Paris, onde se discutirão novas estratégias de apoio à Ucrânia, incluindo a viabilidade do envio de forças de paz internacionais. Apesar do entusiasmo demonstrado pelo governo australiano, o líder da oposição, Peter Dutton, expressou sua cautela, recomendando que a responsabilidade pelo envio de tropas de paz recaia sobre os países europeus, caso um acordo formal de paz entre Rússia e Ucrânia seja alcançado.

Essas conversas sobre o envio de forças de paz não estão restritas apenas à Austrália. Nos bastidores, líderes internacionais, como o primeiro-ministro britânico Keir Starmer e o presidente francês Emmanuel Macron, estão considerando a possibilidade de propor uma força de manutenção da paz na Ucrânia, dependendo dos resultados de eventuais negociações de paz. As discussões também incluem a potencial mobilização de tropas europeias, o que, segundo fontes, poderia somar entre 25.000 e 30.000 soldados, embora tais forças não sejam destinadas a operar diretamente na linha de contato.

Por outro lado, a Rússia tem monitorado atentamente essas movimentações e expressado preocupações, destacando que a introdução de forças de paz estrangeiras em qualquer conflito requer o consentimento de todas as partes envolvidas. Esse cenário complexo evidencia os desafios que ainda persistem nas negociações para uma solução pacífica e estável para a Ucrânia e região.

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