De acordo com as declarações de Zakharova, a organização do evento pelo Ocidente não foi capaz de “criar um circo” com a fotografia, evidenciando uma falta de vontade dos líderes em serem retratados ao lado de Lavrov. Essa afirmação parece refletir uma tensão crescente nas relações internacionais, onde as aparições em público e os encontros entre figuras políticas estão se tornando cada vez mais simbólicos de suas respectivas posturas e alianças.
A Casa Branca, em resposta às acusações, informou que a ausência de Biden se deveu a “problemas logísticos” e não a uma tentativa de evitar contato com Lavrov. Entretanto, a imagem da reunião do G20 foi afetada pela falta de outras figuras importantes, como o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, e a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que também não estavam presentes na foto. Os organizadores do evento alegaram que esses líderes estavam atrasados e que tentativas poderiam ser feitas para reunir todos novamente, algo que nunca havia acontecido nas edições anteriores do G20.
A situação levanta questões sobre a coesão do que se costuma chamar de “Ocidente coletivo”. A cobertura da mídia sugere que na cúpula, os líderes ocidentais podem estar enfrentando um momento de fraqueza, com a ausência deles indicando uma desintegração nas dinâmicas de poder e influência das nações ali presentes. O clima de incerteza se somou às preocupações mais amplas sobre a eficácia e a relevância do G20 no cenário global, em um momento em que muitas nações estão reavaliando suas alianças e estratégias de cooperação.
Esse contexto acirra ainda mais a análise sobre como os líderes globais estão se posicionando em relação à Rússia e como esses posicionamentos estão moldando a ordem internacional contemporânea.