De acordo com o assessor técnico da NTC&Logística, Lauro Valdivia, o aumento no preço do diesel, que corresponde a aproximadamente 35% do valor do frete, afetará diversos produtos, incluindo alimentos e remédios. Mesmo com investimentos em outras formas de transporte, as rodovias continuarão desempenhando um papel essencial na distribuição de mercadorias pelo país.
Com mais da metade das cargas transportadas no Brasil sendo realizadas por rodovias, é difícil prever o momento exato em que o aumento dos combustíveis refletirá nos preços dos produtos. O coordenador dos Índices de Preços do FGV Ibre, André Braz, destacou que caminhoneiros autônomos provavelmente repassarão o aumento do diesel de forma mais rápida.
Além dos caminhões, o diesel é utilizado em máquinas agrícolas, usinas termelétricas e ônibus urbanos, o que indiretamente contribui para a inflação. A dependência do transporte rodoviário no Brasil significa que todos os produtos têm um componente do diesel embutido em seus preços, com maior impacto nos alimentos do que em produtos eletrônicos.
O economista André Braz ressaltou que o efeito indireto do preço do diesel na inflação é significativo, uma vez que praticamente todos os produtos consumidos nos grandes centros urbanos são transportados por rodovias. Porém, a parcela do diesel no preço dos produtos pode variar de acordo com o valor agregado de cada item.
O aumento dos preços dos combustíveis no Brasil, em especial do diesel, é uma questão sensível devido ao seu impacto direto na economia das famílias. Medidas para mitigar esse impacto e garantir um equilíbrio no mercado de transporte rodoviário de cargas são fundamentais para evitar maiores consequências para a população.