Aumento de casos de sarampo no continente americano acende alerta para o Brasil, que mantém certificado de país livre da doença.

Os recentes casos de sarampo no continente americano acendem um alerta para o Brasil, que ainda mantém o certificado de país livre da doença. Especialistas afirmam que a vacinação é uma medida crucial para prevenir o surto da doença no país.

Segundo a chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marilda Siqueira, para que o Brasil perca o certificado de país livre de sarampo, é necessário que haja cadeias de transmissão com o mesmo genótipo do vírus circulando por um ano. Até o momento, o país registrou apenas três casos confirmados, sendo dois no Rio de Janeiro e um no Distrito Federal.

O Ministério da Saúde notificou 110 suspeitas de sarampo, sendo que 22 delas ainda estavam em investigação. Os casos confirmados são de notificação compulsória, o que significa que devem ser comunicados imediatamente às autoridades de saúde. Além disso, há um protocolo rígido para identificar e monitorar todas as pessoas que tiveram contato com os pacientes infectados.

A vacinação é fundamental para evitar a disseminação do sarampo. A vacina contra o Morbilivirus, causador da doença, é aplicada no SUS e faz parte do imunizante Tríplice Viral, que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola. Apesar de eficaz, menos de 80% dos bebês brasileiros tomam a segunda dose da vacina, o que coloca em risco a imunidade coletiva.

O Brasil ainda enfrenta a queda na cobertura vacinal devido à pandemia de covid-19, o que tem contribuído para o aumento de casos de sarampo. A hesitação vacinal também é um fator preocupante, pois muitas pessoas têm dúvidas e medo em relação às vacinas. A conscientização sobre a importância da imunização é essencial para evitar surtos de doenças como o sarampo.

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