Essa realidade de discriminação e violência afeta diretamente pessoas como Wendy Rocha, de 23 anos, estudante de comunicação organizacional. Desde os 7 anos, Wendy tem sido vítima de discriminação, sofrendo com piadas e agressões, principalmente relacionadas à sua orientação sexual e também ao seu corpo, o que a levou a buscar ajuda na escola, sem sucesso.
Outro caso relatado é o de Alexis di Ângelo, de 24 anos, estudante de pedagogia, que enfrentou o preconceito desde o ensino médio, em um colégio particular, onde sofreu suspensão por dar um selinho no namorado, enquanto casais heterossexuais não eram questionados por atitudes semelhantes.
Ambas as vítimas buscaram ajuda para lidar com as consequências das agressões vividas. Wendy contou com o apoio emocional da família devido a limitações financeiras para ter acesso a suporte psicológico. Já Alexis, após enfrentar traumas, buscou auxílio de profissionais para superar as dificuldades.
O psicanalista Eduardo Fraga ressaltou os impactos graves que atos de homotransfobia podem ter na formação da identidade dos jovens, podendo resultar em problemas como queda de rendimento escolar, isolamento social, ansiedade, depressão e baixa autoestima. Ele ainda enfatizou a importância do suporte familiar e escolar para criar ambientes mais acolhedores e inclusivos, promovendo a autoaceitação e fortalecimento da identidade dos jovens LGBT+.
Assim, é fundamental que a sociedade como um todo se mobilize para combater a homotransfobia e garantir que todos os indivíduos tenham o direito de ser quem são sem medo de discriminação. A união de esforços de instituições, famílias e profissionais é essencial para a construção de um ambiente mais acolhedor e seguro para todos.
