Os números são chocantes: neste ano, foram documentados 4.676 assassinatos e 7.291 casos de mutilação, resultando em quase 12 mil vítimas infantis. Além dessas tragédias, o relatório destaca também a negação de assistência humanitária, com 7.906 ocorrências registradas, o recrutamento de menores por grupos armados, que chegou a 7.402 casos, e 4.573 sequestros.
A lista dos países mais afetados por essas atrocidades é encabeçada pelo Território Palestino Ocupado, que somou 8.554 violações, sendo a Faixa de Gaza a área mais impactada, devido aos bombardeios. Em segundo lugar, a República Democrática do Congo registrou 4.043 violações, seguida pela Somália, com 2.568, pela Nigéria, com 2.436, e pelo Haiti, que contabilizou 2.269 casos.
Além das estatísticas alarmantes, o relatório também revela aumentos percentuais significativos nas violações em certos países. O Líbano sofreu um impacto crítico, com um aumento de impressionantes 545%, seguido por Moçambique, que viu um crescimento de 525%, e o Haiti, com um aumento de 490%. A Etiópia e a Ucrânia também apresentaram crescimentos consideráveis, com aumentos de 235% e 105% respectivamente.
Esse cenário de horror para as crianças em situações de guerra exige uma resposta imediata e eficaz da comunidade internacional. As crianças não devem ser tratadas como meros números em um relatório; elas são vítimas de um sistema falho que, em muitos casos, falha em proteger os mais vulneráveis. As autoridades globais e locais precisam redobrar esforços para pôr um fim a essas violências e garantir a proteção e o bem-estar das crianças em toda parte do mundo.