Os transtornos alimentares são condições psiquiátricas caracterizadas por alterações persistentes nos hábitos alimentares e comportamentos relacionados à alimentação, sendo os mais comuns a anorexia e bulimia. O coordenador do programa de transtornos alimentares do Hospital da Universidade de São Paulo (USP), Táki Cordás, afirmou que no Brasil há cerca de 15 milhões de pessoas com algum tipo de distúrbio alimentar, sendo 1% da população afetada pela anorexia nervosa.
Cordás alertou para a gravidade desses transtornos, destacando que o índice de mortalidade de pacientes com anorexia nervosa pode chegar a 20%. Ele também ressaltou que a bulimia nervosa, que atinge 1,5% da população, muitas vezes passa despercebida devido à ausência de alterações visíveis no corpo.
Além disso, a diretora-executiva da Associação Brasileira de Transtornos Alimentares, Mireille Almeida, ressaltou a importância de banir páginas nas redes sociais que promovem o emagrecimento, pois cada vez mais adolescentes e crianças têm desenvolvido transtornos alimentares devido à pressão social e à busca por padrões inatingíveis.
O debate na Comissão de Saúde também abordou a necessidade de capacitar profissionais de saúde para identificar e tratar precocemente os transtornos alimentares, bem como a importância da atuação conjunta da sociedade, famílias, escolas e profissionais de saúde no combate a essa problemática. A deputada Rosangela Moro ressaltou a complexidade do tema e a necessidade de realizar mais reuniões para discuti-lo de forma aprofundada.