Aumenta para 18 o número de mortos por ação policial no Guarujá, com o registro de mais dois casos recentes.

Na última terça-feira (15), mais duas pessoas foram mortas por policiais militares na cidade do Guarujá, localizada no litoral paulista. Com esses casos, o número de mortos pela polícia na Baixada Santista desde o início da Operação Escudo, da Polícia Militar (PM), chega a 18.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP) do estado, os policiais informaram que os dois suspeitos teriam disparado contra as equipes do 1° e 13° Batalhão de Ações Especiais e do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP). As equipes agiram em resposta, atingindo os suspeitos, que foram socorridos ao hospital da região, mas não resistiram aos ferimentos.

Durante a abordagem, os policiais encontraram uma pistola e um revólver com os suspeitos, sendo que um deles, de 37 anos, já possuía antecedentes criminais.

A Operação Escudo foi iniciada como uma resposta da PM após a morte do soldado Patrick Bastos Reis, pertencente à Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), que foi baleado e morto no Guarujá em 27 de julho. Segundo informações da SSP, o policial estava em um patrulhamento na comunidade quando foi atingido.

Além desses incidentes, na manhã de terça-feira, um delegado da Polícia Federal (PF), Thiago Selling da Cunha, foi atacado por criminosos na mesma região. O delegado foi baleado na cabeça durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na comunidade da Vila Zilda. Ele foi encaminhado ao Hospital Santo Amaro, também no Guarujá, e sua condição é considerada grave, de acordo com a unidade de saúde.

A Operação Escudo tem sido alvo de críticas por parte de movimentos negros e moradores locais, que denunciam execuções aleatórias e pedem o fim da operação. Além disso, foi revelado que parte dos policiais envolvidos na operação utilizavam câmeras presas às fardas, o que poderia servir como forma de monitoramento e controle das ações policiais.

As investigações sobre as mortes ocorridas durante a operação estão em andamento, e as autoridades competentes estão buscando esclarecer os fatos e garantir a devida apuração das circunstâncias. É importante ressaltar que a garantia dos direitos humanos e a transparência das ações policiais são fundamentais para a construção de uma sociedade justa e segura.

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