Entre as descobertas mais alarmantes, destaca-se a movimentação de mais de R$ 2,3 milhões retirados em espécie, sem qualquer documentação que justifique esses valores, como notas fiscais ou recibos. Muitos desses saques foram feitos em quantias próximas ao limite de R$ 50 mil, uma estratégia que visivelmente evita a comunicação automática ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), levantando suspeitas quanto à intenção por trás dessas movimentações. Além disso, foram identificadas notas fiscais que não existiam, outras que haviam sido canceladas ou até mesmo alteradas, além de casos de pagamentos duplicados a fornecedores, o que reforça a impressão de falta de transparência nos trâmites financeiros.
A auditoria também evidencia irregularidades na construção do Centro de Treinamento, com gastos realizados sem a existência de contratos formais e serviços prestados sem a devida nota fiscal. O uso inadequado do cartão corporativo, sem a necessária prestação de contas, e o pagamento duplicado de rescisões trabalhistas se somam a esse quadro preocupante. Curiosamente, algumas empresas associadas a membros do conselho estão envolvidas em contratos considerados suspeitos, adicionando uma camada extra de complexidade e preocupação à situação já delicada.
Diante dessas revelações, o relatório pinta um panorama de vulnerabilidade na governança do CSA, onde a falta de controles internos e o descaso do Conselho Deliberativo suscitam questões sobre a responsabilidade na administração financeira. Com a documentação das irregularidades em mãos, aumenta a pressão sobre a gestão de Rafael Tenório, que deverá fornecer esclarecimentos e implementar medidas que assegurem a responsabilização e fortaleçam a transparência. Os torcedores, expectantes, aguardam um posicionamento oficial e ações concretas que possam restaurar a confiança na gestão do CSA e garantir a integridade do clube.









