Auditoria de conciliação em Maceió falha em resolver impasse sobre restrições de estacionamento na orla, prejudicando setor turístico e comerciantes locais.

Na última quinta-feira, 27 de outubro, a 14ª Vara Cível de Maceió foi palco de uma audiência de conciliação que abordou o controverso tema da restrição de estacionamento na Avenida Sílvio Viana, uma das principais vias da orla da capital alagoana. A Prefeitura de Maceió implantou medidas que visam criar uma “Faixa Verde”, resultando na redução dos espaços destinados à circulação de veículos. Contudo, a reunião não gerou um consenso entre as partes envolvidas, levando ao prolongamento do impasse.

Representantes do setor turístico, que ingressaram com a ação contra a prefeitura, argumentam que a decisão é não apenas ilegal, mas também arbitrária, comprometendo o fluxo de turistas e a qualidade de vida dos moradores e prestadores de serviços que dependem do acesso à área. Desde a implementação da Faixa Verde, muitos empresários relataram uma queda significativa nas vendas, estimando perdas de cerca de 30% a 40%. Essa situação, segundo o presidente da Abrasel/AL, Marcus Batalha, tem levado alguns empreendimentos a tomar decisões drásticas, como demissões de colaboradores.

O senador salientou a importância da audiência como um espaço potencial para dialogar com a administração municipal, na esperança de que reconsiderações sobre a medida fossem feitas. “Essa mudança teve um impacto direto na atividade econômica da região, e é essencial que a prefeitura entenda isso”, afirmou Batalha, expressando um desejo de que o diálogo permaneça aberto.

A audiência foi presidida pelo juiz Antônio Emanuel Dória Ferreira e contou com a presença do Ministério Público Estadual, além de representantes de órgãos municipais e dos empresários que atuam na área. Embora tenham sido propostas algumas soluções, a falta de acordo demonstrou que a questão requer um esforço de mediação contínuo.

O juiz deixou claro que, embora a audiência não tenha avançado, existe a possibilidade de um acordo futuro, caso as partes voltem a negociar. Enquanto isso, o setor empresarial continua a pressionar por uma solução que favoreça tanto o desenvolvimento econômico da região quanto o bem-estar da comunidade local.

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