Áudio expõe suposto esquema de corrupção na prefeitura de Luziânia, no Entorno do DF, envolvendo secretário de Saúde. Investigação em andamento.

Um escândalo de corrupção veio à tona na cidade de Luziânia, localizada no Entorno do Distrito Federal, com a divulgação de um áudio atribuído ao Secretário Municipal de Saúde, Divonei Oliveira de Souza. O áudio foi apresentado como prova em um processo que está em andamento na 19ª Zona Eleitoral da cidade.

Na gravação, uma mulher relata ao secretário que foi alertada por advogados sobre estar sendo utilizada como funcionária fantasma na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano. Ela pede ajuda a Divonei para resolver a situação e ser oficialmente realocada no local onde foi nomeada. No entanto, para sua surpresa, o secretário a aconselha a não denunciar o esquema, sugerindo que negaria qualquer envolvimento com ela.

No decorrer do diálogo, a mulher questiona se o dinheiro do cargo que ocupa pertence a ela, e o secretário afirma que o dinheiro é dela apenas conforme o acordo que fez com outra pessoa. O processo movido pela Coligação Liberta Luziânia revela que a mulher foi nomeada na prefeitura no lugar de João Carlos Dadalte Júnior, presidente do Democracia Cristã, após ele pedir exoneração para se candidatar a vereador em 2024.

A mulher deveria ocupar um cargo na Secretaria Municipal de Desenvolvimento, mas, segundo a ação, foi orientada por Divonei a trabalhar em um comitê eleitoral do Democracia Cristã durante a pré-campanha e a campanha eleitoral de 2024. Ela deveria assinar folhas de ponto e repassar a maior parte de seu salário a João Carlos.

A situação se complica quando o áudio mostra João Carlos reclamando que a funcionária parou de repassar o dinheiro a ele, e o pastor Luiz Antônio Gonçalves Oliveira também se envolve, cobrando valores em atraso da mulher. A polícia foi acionada, e a funcionária foi exonerada apenas após o encerramento do processo.

Diante dos fatos, a juíza Luciana Oliveira determinou busca e apreensão dos objetos utilizados pelo Democracia Cristã, que estava mantendo um comitê eleitoral em imóvel pertencente ao pastor Luiz Antônio. A investigação revelou que eleitores eram atendidos no local e recebiam diversos serviços durante a pré-campanha.

O prefeito de Luziânia, Diego Sorgatto, declarou não ter conhecimento do caso e se colocou à disposição para colaborar com as investigações. A reportagem procurou os envolvidos, mas não obteve retorno até o momento. O desenrolar desse escândalo de corrupção promete ainda mais revelações e desdobramentos nos próximos dias.

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