A advogada Júlia Nunes representava a irmã de Nádia, responsável pelo pedido de guarda da criança. Em um desdobramento inesperado, após a audiência, um conflito entre os membros da família se intensificou quando o irmão da médica empurrou a solicitante da guarda. Esse episódio de agressão não foi um caso isolado, uma vez que, segundo Nunes, a irmã já havia formalizado duas denúncias anteriores de ameaça contra o agressor. O clima no fórum se deteriorou rapidamente, levando a gritos e à necessidade de intervenção policial.
A situação fez com que todos os envolvidos fossem levados à Central de Flagrantes de Arapiraca. Entretanto, contraditoriamente, não foi registrado nenhum boletim de ocorrência. Este detalhe levantou preocupações sobre a condução do caso. A advogada, insatisfeita com o desenrolar dos eventos, tomou a iniciativa de acionar a Corregedoria e a Delegacia Geral da Polícia Civil para investigar a situação e responsabilizar os envolvidos.
O tumulto se insere em um contexto mais amplo, já que a médica Nádia Tamyres está sob investigação por homicídio qualificado. Ela é acusada de ter ceifado a vida de seu ex-companheiro, o médico Alan Carlos, em um crime que chocou a cidade de Arapiraca, onde o assassinato aconteceu em novembro.
O episódio reforça a complexidade das relações familiares, especialmente em situações onde questões emocionais e legais se entrelaçam. A audiência, que deveria buscar um entendimento pacífico em prol do bem-estar da criança, se transformou em uma cena de conflito e desespero. As consequências dessa audiência ainda estão por ser plenamente apuradas, mas já geram questionamentos sobre a eficácia dos mecanismos de proteção legal em casos tão delicados.







