Os criadores expressam seriedade na preocupação com as possíveis consequências dessa classificação, que poderia influenciar diretamente a produção, a comercialização e a percepção pública sobre o consumo de tilápia. O temor é que essa mudança leve a regulamentações mais rígidas, dificultando a atividade econômica e gerando impactos negativos em um mercado que já enfrenta desafios.
Contrariando as preocupações dos produtores, o Ministério do Meio Ambiente alegou que a inclusão da tilápia na lista não interfere nos direitos de criação dessa espécie. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) reafirmou que as normas que regulam a aquicultura não foram alteradas e que a atualização na lista é puramente técnica, destinada a orientar futuras políticas públicas sobre biodiversidade, e não tem impacto direto na atividade dos criadores.
No entanto, a polêmica se intensifica com a divisão de opiniões dentro do próprio governo. Os Ministérios da Agricultura e da Pesca e Aquicultura já formalizaram um pedido para que a tilápia seja desassociada da lista controversa. Essa ação visa não apenas aliviar as ansiedades dos produtores, mas também mitigar os riscos de uma possível retração do mercado, que poderia afetar a vendas tanto em níveis interno quanto externo.
Os debates em torno dessa questão são complexos e refletem a necessidade de um equilíbrio entre a proteção ambiental e o sustento econômico dos produtores. Com a tilápia se consolidando como um pilar da aquicultura brasileira, o futuro da espécie no contexto das políticas ambientais ainda permanece incerto e merece atenção contínua dos setores envolvidos.
