Internamente, as informações revelam que a taxa média de entregas pontuais está em alarmantes 70% no cenário nacional, com variações regionais que podem fazer esse número despencar até 50% em algumas áreas. Este quadro indica que, pelo menos, 30% das encomendas estão acumuladas em atrasos neste mês, caracterizando o pior desempenho registrado para o ano de 2025.
Em comparação a meses anteriores, os dados apontam uma queda vertiginosa: a taxa de pontualidade que chegava a 97,7% no início do ano despencou para 76,63% em dezembro, considerando apenas os dados até o dia 6. Num recorte diário, o percentual escandalosamente baixo de 68,15% destaca a dificuldade em cumprir as metas mínimas estabelecidas, que giram em torno de 96%.
Diante dessa calamidade, a administração dos Correios tem se mostrado ciente de que a recuperação do serviço depende, em grande parte, do saneamento de suas dívidas, especialmente com fornecedores. Esse desafio requer um fortalecimento dos recursos financeiros, que atualmente estão em situação crítica. Para isso, a empresa estatal está em processo de negociação de um empréstimo de até R$ 12 bilhões com um consórcio de bancos. A expectativa é que, ainda este ano, mais R$ 10 bilhões sejam injetados na estatal, após a autorização do governo federal.
Essa turbulência não só abala a confiança do consumidor, mas também condiciona o futuro da estatal, que enfrenta chamadas urgentes por uma reestruturação efetiva e sustentável que evite que os problemas atuais se tornem uma constante no dia a dia dos brasileiros.







