Ato público em Maceió contra o PL 1904/24 mobiliza estudantes da UFAL em defesa da autonomia das mulheres sobre seus corpos.

Na manhã desta terça-feira (18), os movimentos estudantis da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) e seus apoiadores se manifestaram em frente à Câmara Municipal de Maceió, no bairro do Jaraguá, em um ato público contra o PL 1904/24. O projeto de lei, aprovado em regime de urgência pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, propõe considerar crime de homicídio os abortos realizados após a 22ª semana de gestação, mesmo em casos de violência sexual, situação já prevista por lei.

Os Centros Acadêmicos de Psicologia (CAPsi) e de Dança Dandara dos Palmares (CADAN) da UFAL emitiram uma nota em suas redes sociais se posicionando contra o “PL do Aborto”, destacando que a medida ameaça um direito conquistado pelas mulheres há quase 90 anos. Além disso, os movimentos apresentaram dados relacionados aos casos de estupro no Brasil, enfatizando que o aborto é uma questão de saúde pública, não se restringindo apenas aos casos de violência sexual.

A publicação dos Centros Acadêmicos também repudiou a pena prevista para as mulheres que realizarem o aborto, ressaltando que a legislação pune de forma mais rígida a vítima do abuso, e não o agressor. De acordo com a nota, os manifestantes se posicionaram contra o PL 1904/24 e criticaram a abordagem oportunista e moralista dos parlamentares de extrema direita no trato dessa questão, especialmente em ano eleitoral.

Os movimentos reiteraram a importância da autonomia das mulheres sobre seus corpos e defenderam o direito de todas as pessoas que gestam de tomarem decisões sem julgamentos ou ataques. Em defesa dos direitos, da saúde integral e do acesso seguro ao aborto, os manifestantes declararam um firme “não ao PL do estupro”. A mobilização foi marcada por discursos e cartazes que ecoaram a mensagem de resistência e luta pela garantia dos direitos das mulheres.

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