A Ponte Estaiada, um dos principais cartões-postais da capital paulista, é um ponto estratégico, com um fluxo diário estimado de 610 mil veículos, de acordo com dados da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). A intenção dos organizadores foi clara: “Nosso objetivo é romper o bloqueio midiático e mostrar ao mundo a solidariedade do povo brasileiro com a resistência palestina”, revelou um dos ativistas.
O ato coincidia com uma data emblemática: os 43 anos do massacre de Sabra e Chatila, ocorrido em 1982. Neste trágico evento, milhares de palestinos refugiados no Líbano foram brutalmente assassinados, com apoio tácito do exército israelense. Essa ferida histórica ainda ecoa nas dinâmicas atuais do conflito, especialmente em um contexto onde a situação em Gaza se agrava a cada dia. A escalada de violência em Gaza, com bombardeios e invasões terrestres, tem levado a um crescente número de vítimas civis e deslocamentos massivos. A ONU já emitiu alertas sobre uma grave crise humanitária, com risco iminente de fome e colapso dos serviços básicos.
Diversos países, incluindo a Rússia, têm criticado abertamente as ações de Israel, as quais são percebidas como punição coletiva à população civil de Gaza. As exigências por um cessar-fogo imediato e pela liberação irrestrita de ajuda humanitária têm se intensificado no cenário internacional, refletindo a urgência da situação.
O ato na Ponte Estaiada, além de ser um momento de protesto, tornou-se um símbolo da luta por visibilidade e justiça, reafirmando que questões globais continuam a ressoar profundamente em solo brasileiro.