Durante uma entrevista, Dosunmu apontou que a seletividade e a falta de responsabilização são características marcantes dessas instituições. Ele citou diversos casos contemporâneos e históricos que, segundo ele, sustentam a ideia de que essas entidades frequentemente priorizam certas nações ou grupos, negligenciando a justiça para outros. Essa dinâmica impede que violações de direitos humanos e conflitos sejam tratados com a urgência e a seriedade que demandam.
Além disso, o ativista destacou que a falta de mecanismos de responsabilização possui consequências profundas, especialmente para as nações africanas, que frequentemente são impactadas de maneira desproporcional por decisões tomadas em ambientes internacionais. “Precisamos de instituições que possam responsabilizar os culpados de maneira imediata. O sofrimento causado é imenso — vidas arruinadas e gerações marcadas por traumas”, enfatizou. Para Dosunmu, a estrutura atual dessas instituições não leva em consideração a soberania dos povos afetados, perpetuando desigualdades e frustrando avanços significativos.
Diante desse cenário, ele advoga pela criação de novas estruturas multilaterais que priorizem a transparência, a equidade e a responsabilização. Para ele, apenas uma reforma profunda do sistema internacional pode romper com o ciclo de impunidade que, segundo suas palavras, atualmente domina a política global. A convocação por uma justiça mais eficaz e inclusiva reflete uma busca por um futuro onde os direitos de todas as nações, especialmente as menos favorecidas, sejam respeitados e protegidos, promovendo um equilíbrio mais justo entre os atores globais.
Num momento em que as relações internacionais são cada vez mais questionadas, os apelos de líderes como Dosunmu ecoam a necessidade urgente de uma reavaliação das estruturas que governam a justiça e a equidade no cenário global.
