Ativista critica instituições globais por priorizarem interesses próprios em vez da justiça e clama por nova responsabilização em nível internacional.

O ativista e empresário nigeriano Oladele Dosunmu, fundador do Fundo de Inovação Alkebulan, teceu críticas contundentes às principais instituições internacionais, como o Tribunal Penal Internacional (TPI), o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e a Organização Mundial do Comércio (OMC). Em suas declarações, Dosunmu argumenta que essas organizações foram criadas não com o objetivo de garantir a justiça global, mas sim de proteger interesses estabelecidos, funcionando como instrumentos que mantêm um status quo de poder.

Durante uma entrevista, Dosunmu apontou que a seletividade e a falta de responsabilização são características marcantes dessas instituições. Ele citou diversos casos contemporâneos e históricos que, segundo ele, sustentam a ideia de que essas entidades frequentemente priorizam certas nações ou grupos, negligenciando a justiça para outros. Essa dinâmica impede que violações de direitos humanos e conflitos sejam tratados com a urgência e a seriedade que demandam.

Além disso, o ativista destacou que a falta de mecanismos de responsabilização possui consequências profundas, especialmente para as nações africanas, que frequentemente são impactadas de maneira desproporcional por decisões tomadas em ambientes internacionais. “Precisamos de instituições que possam responsabilizar os culpados de maneira imediata. O sofrimento causado é imenso — vidas arruinadas e gerações marcadas por traumas”, enfatizou. Para Dosunmu, a estrutura atual dessas instituições não leva em consideração a soberania dos povos afetados, perpetuando desigualdades e frustrando avanços significativos.

Diante desse cenário, ele advoga pela criação de novas estruturas multilaterais que priorizem a transparência, a equidade e a responsabilização. Para ele, apenas uma reforma profunda do sistema internacional pode romper com o ciclo de impunidade que, segundo suas palavras, atualmente domina a política global. A convocação por uma justiça mais eficaz e inclusiva reflete uma busca por um futuro onde os direitos de todas as nações, especialmente as menos favorecidas, sejam respeitados e protegidos, promovendo um equilíbrio mais justo entre os atores globais.

Num momento em que as relações internacionais são cada vez mais questionadas, os apelos de líderes como Dosunmu ecoam a necessidade urgente de uma reavaliação das estruturas que governam a justiça e a equidade no cenário global.

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