Dentre os brasileiros, estava João Aguiar, um ativista ligado ao Núcleo Palestina do PT-SP e integrante do movimento global pela libertação de Gaza. Aguiar compartilhou sua experiência durante a detenção, mencionando a angústia que sentiu ao ouvir os voos constantes de caças F-35 sobre a prisão, uma lembrança perturbadora das bombas que assolavam a população palestina. “Enquanto estávamos na prisão, nós escutávamos os F-35 passando a todo momento”, relatou. Para ele, isso era um sinal do sofrimento dos civis em Gaza, onde crianças e mulheres sofrem com a violência do conflito.
O retorno ao Brasil trouxe um misto de alívio e um renovado compromisso com a luta pela liberdade da Palestina. Aguiar expressou que, apesar da sensação de liberdade, o trabalho dos ativistas não estava completo. “A luta vai continuar enquanto a Palestina não for livre”, enfatizou. Ele também comentou sobre a boa nova do cessar-fogo, que foi anunciada durante o voo de retorno: “Foi um alívio saber que as famílias de Gaza poderiam ter uma noite sem bombardeios.”
Os ativistas, motivados pela mobilização da opinião pública e pela cobertura da mídia, se mostraram decididos a organizar novas flotilhas em apoio ao povo palestino, reiterando que não recuarão diante dos desafios. “Estamos todos mobilizados e vamos continuar na luta”, concluiu Aguiar.
A flotilha Sumud, que em árabe significa “resistência firme”, foi composta por ativistas de diversas nacionalidades com a intenção de chamar a atenção mundial para a grave crise humanitária na Faixa de Gaza. Organizações de direitos humanos, como a Anistia Internacional, condenaram a interceptação das embarcações e advocatearam pela proteção dos ativistas. Eles prometeram que a luta por direitos e dignidade para os palestinos persistirá.