Com uma trajetória conturbada, o suspeito se autointitulava um refugiado “islamofóbico”, ex-muçulmano e perseguido por radicais religiosos. Tendo fugido da autocrática Arábia Saudita, ele simpatizava com o partido anti-imigração AfD e exercia a profissão de médico na Alemanha. O suspeito, que se mudou para o país em 2006 para estudar, foi reconhecido como refugiado em 2016 devido às ameaças que sofria em sua terra natal.
Os motivos que levaram Al-Abdulmohsen a cometer o atentado ainda não estão claros, e as autoridades alemãs estão investigando o caso para determinar se houve envolvimento de uma organização terrorista. A ministra alemã do Interior, Nancy Faeser, descreveu o agressor como claramente islamofóbico, indicando um possível viés de intolerância religiosa como motivação para o crime.
Além disso, mensagens postadas pelo suspeito na internet mostram uma possível insatisfação com o tratamento de refugiados sauditas, evidenciando um cenário complexo por trás do atentado. Especialistas acreditam que a hipótese de terrorismo parece distante, mesmo com o teor radical de algumas publicações do suspeito.
Apesar de ter se mostrado retraído em seu convívio como vizinho, Al-Abdulmohsen despertou suspeitas de pessoas próximas e recebeu alertas das autoridades tanto na Alemanha quanto na Arábia Saudita. Seu perfil oscilante e mensagens desconexas em redes sociais levantam questionamentos sobre sua estabilidade psíquica e possíveis problemas de saúde mental.
A investigação sobre o atentado segue em andamento, com as autoridades buscando esclarecer os motivos e as circunstâncias que levaram Talib Al-Abdulmohsen a cometer um ato tão violento e impactante na pacata cidade de Magdeburg. A comunidade internacional acompanha de perto o desdobramento desse triste episódio, que alerta para a complexidade das questões relacionadas à migração, à integração de refugiados e ao combate à intolerância e ao extremismo.