ATAQUES ISRAELENSES DANIFICAM COMPLEXO NUCLEAR NO IRÃ, MAS RISCOS DE RADIAÇÃO PERMANECEM CONTROLADOS, AFIRMA AIEA

A recente escalada de tensões no Oriente Médio ganhou novos contornos após a divulgação de informações alarmantes sobre um ataque aéreo israelense ao complexo nuclear de Esfahan, no Irã. A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou por meio de suas plataformas que quatro edifícios significativos dentro do complexo foram afetados. Dentre esses, destacam-se a Instalação de Conversão de Urânio e a Planta de Fabricação de Placas de Combustível, estruturas consideradas críticas para o programa nuclear iraniano.

No dia 13 de junho, Esfahan se tornou o alvo escolhido para uma série de ataques, levantando preocupações sobre as possíveis repercussões na segurança nuclear da região. Contudo, de acordo com a AIEA, até o momento não houve registros de aumento nos níveis de radiação nas áreas fora do local do incidente. A agência continua monitorando a situação de perto, mantendo um diálogo constante com as autoridades iranianas. As informações fornecidas pela Autoridade Reguladora Nuclear do Irã corroboram a versão da AIEA, que indica níveis de radiação inalterados em decorrência dos bombardeios.

Além das instalações em Esfahan, a AIEA também fez uma análise da segurança das instalações nucleares em Natanz. Mesmo com a escalada do conflito, a agência internacional afirmou que nenhuma alteração no nível de radiação foi registrada em locais como a Planta de Enriquecimento de Combustível de Fordow ou no reator de água pesada em construção em Khondab. Essas informações foram destacadas pelo diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que reiterou que não foram observados danos adicionais em Natanz desde o ataque.

A situação em Esfahan e as tensões relacionadas ao programa nuclear iraniano continuam a ser um tema delicado e crítico nas relações internacionais. A AIEA, atuando como observadora, tem um papel fundamental em garantir que a situação não se agrave ainda mais e que as normas de segurança nuclear sejam rigorosamente respeitadas. A comunidade internacional observa atentamente os desdobramentos, ciente de que qualquer escalada no conflito pode ter consequências de longo alcance para a estabilidade da região.

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