Na sexta-feira, o serviço de emergência civil palestino divulgou que 116 pessoas perderam suas vidas em Gaza desde que o acordo de cessar-fogo foi anunciado na última quarta-feira. Entre os mortos, quase 60 eram mulheres e crianças. A trégua que parecia promissora se revelou desastrosa para muitos habitantes da região.
“O que é essa trégua que nos mata horas antes de começar?”, questionou Abdallah Al-Aqad à Associated Press, após perder sua irmã em um ataque aéreo em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza. A população local expressa seu descontentamento diante de um acordo que deveria trazer paz, mas que resultou em mais violência.
O exército israelense informou ter interceptado dois mísseis lançados do Iêmen em direção a Israel no último sábado. Enquanto isso, os rebeldes houthis no Iêmen afirmaram que combateriam quaisquer violações ou escaladas militares por parte de Israel durante o cessar-fogo.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ressaltou a importância da entrega da lista com os nomes dos reféns que serão libertados pelo Hamas para o avanço efetivo do cessar-fogo. A troca de prisioneiros é parte fundamental do acordo, e sua execução tem sido crucial para garantir a estabilidade na região.
Famílias dos reféns em Gaza aguardam ansiosamente por notícias de seus entes queridos, enquanto palestinos se mobilizam para receber os familiares que serão libertados. A situação humanitária na região é delicada, com centenas de milhares de pessoas deslocadas e em busca de retorno às suas casas destruídas.
A ajuda humanitária se faz necessária diante do caos que se instaura em Gaza. Com a abertura da passagem de fronteira de Rafah e um grande número de caminhões de ajuda aguardando, esforços estão sendo feitos para atender às necessidades emergenciais da população local.
O cessar-fogo é visto como um passo precário para a estabilidade na região. Analistas destacam a importância do envolvimento dos Estados Unidos e de líderes internacionais para garantir o cumprimento do acordo e evitar novos conflitos. A comunidade internacional acompanha de perto os desdobramentos em Gaza e mantém a esperança de dias mais pacíficos para a população local.