Segundo autoridades médicas locais, o ataque atingiu a área de Muwasi, um amplo acampamento que abriga centenas de milhares de deslocados, ferindo a mãe e um dos irmãos das vítimas, além de tirar a vida das crianças. O Hospital Nasser, próximo à região, foi o local onde os corpos foram levados, e um repórter da Associated Press foi testemunha dos terríveis acontecimentos.
Outro ataque, desta vez na cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, resultou na morte de quatro homens, de acordo com registros hospitalares. O Exército israelense, por sua vez, negou ter conhecimento sobre os bombardeios, afirmando que sua ofensiva tem como alvo os terroristas do Hamas e que medidas são tomadas para evitar danos aos civis. Contudo, as mortes de mulheres e crianças em meio aos ataques são frequentes.
Em meio a estas tragédias, o ex-ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, acusou o governo de promover uma limpeza étnica no norte de Gaza. Ele afirmou que o Exército israelense tem isolado cidades e campos de refugiados, impedindo o acesso à ajuda humanitária, o que foi considerado um crime de guerra pelo ex-general.
Por outro lado, o Likud, partido do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, criticou as declarações de Yaalon, considerando-as falsas e prejudiciais à imagem de Israel. Enquanto isso, questões judiciais internacionais envolvendo Netanyahu, ex-ministros e líderes do Hamas acusados de crimes contra a humanidade seguem em pauta, com o país rejeitando as acusações de genocídio e crimes de guerra.
O conflito na região já ceifou milhares de vidas, com palestinos e israelenses se acusando mutuamente de atos de terrorismo e violações dos direitos humanos. A busca por uma solução pacífica parece distante, enquanto a violência continua a assolar uma região marcada pela guerra e pelo sofrimento de sua população.