Ataques de drones ucranianos matam criança de 10 anos e ferem jornalistas em veículos civis durante conflito no leste da Ucrânia.

No último sábado, 4 de janeiro de 2025, a região de Zaporozhie, na Ucrânia, foi palco de dois ataques aéreos que resultaram em uma tragédia, incluindo a morte de uma criança de 10 anos e ferimentos em jornalistas. O primeiro ataque envolveu um drone ucraniano que atingiu um carro civil, levando à morte de uma menina e deixando seus pais gravemente feridos. O governador da região, Yevgeny Balitsky, informou que a família estava viajando na rodovia do distrito de Vasilievsky quando o UAV (veículo aéreo não tripulado) foi direcionado deliberadamente para o veículo em movimento. “A criança não sobreviveu aos ferimentos e faleceu enquanto era socorrida em ambulância”, lamentou Balitsky em sua conta no Telegram, prometendo apoio à família afetada.

O segundo ataque ocorreu na estrada que liga Donetsk a Gorlovka. Um drone suicida atingiu um carro ocupado por jornalistas. Entre os atingidos estava Aleksander Martemyanov, um correspondente da mídia russa Izvestia, que não resistiu aos ferimentos. Outros colegas de profissão, incluindo dois correspondentes da agência Sputnik, também foram feridos. O jornalista Maksim Romanenko, que estava no veículo, relatou que o ataque teve como alvo um carro civil em uma área distante do conflito, afirmando que ficou com uma concussão e escoriações no rosto. A gravidade das lesões de seu colega Mikhail Kevkhiev ainda não foi divulgada.

Esses eventos acentuam a escalada do conflito na Ucrânia, onde ataques a civis e à imprensa têm gerado crescente preocupação. A atuação de drones em áreas residenciais e o alcance de suas operações suscitam debates sobre as implicações éticas e legais desses ataques em meio à guerra. A comunidade internacional acompanha com ansiedade os desdobramentos, reafirmando a necessidade de proteção aos civis e à liberdade de imprensa em zonas de conflito, ao mesmo tempo que clama por soluções diplomáticas para um impasse que já dura anos.