Os ataques atingiram diversas regiões da Ucrânia, incluindo Lviv, próxima à fronteira com a Polônia, e Dnipropetrovsk. O governador Oleh Syniehubov relatou que doze pessoas, incluindo oito crianças, foram hospitalizadas após um ataque próximo a duas casas na região de Kharkiv.
Esses ataques fazem parte de uma série contínua de agressões por parte da Rússia contra a rede elétrica ucraniana, que vêm ocorrendo desde março. A DTEK, maior empresa privada de energia da Ucrânia, informou que duas de suas centrais elétricas foram seriamente danificadas, no que considera o sexto ataque a suas instalações em apenas dois meses e meio.
O ministro de Energia da Ucrânia, Herman Halushchenko, destacou nas redes sociais que diversas regiões, como Zaporizhzhia, Dnipropetrovsk, Donetsk, Kirovohrad e Ivano-Frankivsk, foram alvos dos ataques russos contra a infraestrutura energética.
Essa série de agressões tem gerado apagões em todo o território ucraniano, já que o país não possui defesas aéreas eficazes para combater os ataques e realizar reparos. Com a demanda energética aumentando com a chegada do inverno, a escassez de energia pode se agravar.
Em resposta aos ataques, o presidente ucraniano Volodmir Zelenski reforçou a necessidade de sistemas de defesa aérea adicionais dos aliados ocidentais, como os sistemas Patriot e a entrega acelerada de caças F-16. A Ucrânia também retaliou, bombardeando alvos russos, o que resultou em civis mortos na região de Donetsk, ocupada pela Rússia.
Os ataques ocorrem em um cenário de tensão crescente, com os Estados Unidos autorizando que a Ucrânia utilize armas fabricadas no país para atacar alvos militares russos. Essa permissão veio após a Rússia lançar uma grande ofensiva contra Kharkiv e avançar em direção à região, utilizando artilharia e mísseis disparados do território russo.
A Rússia tem aproveitado a suposta falta de apoio ocidental para atacar áreas civis na Ucrânia e testar a capacidade de defesa do país. Com a chegada a conta-gotas de ajuda militar dos Estados Unidos, as forças russas têm encontrado margem de manobra para intensificar os ataques e avançar em território ucraniano.
A situação segue tensa na região, com a população local sofrendo as consequências desse conflito em curso. Sem uma solução imediata, a guerra na Ucrânia continua ceifando vidas e causando destruição.