Ataques aéreos israelenses contra Gaza resultam na morte de mais de 90 pessoas e dificultam ajuda humanitária, causando preocupação mundial.



Pelo menos 90 palestinos, incluindo 76 membros de uma mesma família, foram mortos em ataques aéreos israelenses contra duas casas na Faixa de Gaza, segundo equipes de resgate e funcionários hospitalares neste sábado. Isso acontece um dia após o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, ter alertado que nenhum lugar é seguro na região e que Israel está criando “grandes obstáculos” à distribuição de ajuda humanitária na região.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) também anunciaram que prenderam centenas de supostos terroristas em Gaza durante a semana passada e transferiram mais de 200 deles para Israel. No total, mais de 700 pessoas com supostas ligações com grupos terroristas foram enviadas para prisões israelenses.

A situação começou quando o grupo terrorista Hamas invadiu o território israelense e matou 1.200 pessoas em 7 de outubro, além de terem levado 240 reféns para a Faixa de Gaza. Tel-Aviv tem realizado uma série de ataques aéreos e ofensivas terrestres no enclave palestino em retaliação.

Apesar dos pedidos internacionais por um cessar-fogo, Israel prometeu continuar a luta até que o Hamas seja destruído e retirado do poder em Gaza. A administração de Joe Biden, presidente dos EUA, segue apoiando e protegendo Israel na arena diplomática. Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que apela à aceleração do fornecimento de ajuda a civis em Gaza, mas não a um cessar-fogo.

Na noite de sábado, o Ministério da Saúde em Gaza, controlado pelo Hamas, estimou que 201 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas. Nos ataques aéreos de sexta-feira, duas casas foram destruídas em diferentes partes do território.

Israel culpa o Hamas pelo elevado número de mortes de civis, citando o uso de áreas residenciais lotadas e túneis por terroristas. A ofensiva tem sido uma das campanhas militares mais devastadoras da história recente, deslocando quase 85% dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza e prejudicando a infraestrutura de grandes áreas do enclave costeiro.

Apesar de um acordo na ONU para acelerar a entrega de ajuda humanitária, o caminho para a região continua difícil. O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que a forma como Israel está conduzindo a ofensiva está criando enormes obstáculos à distribuição de ajuda humanitária dentro de Gaza e sinalizou que é necessário muito mais imediatamente para acabar com o “pesadelo” na região.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo