De acordo com a administração do hospital, pelo menos 71 pessoas ficaram feridas durante o ataque. Este incidente faz parte de uma onda de hostilidades que deixou um total de 129 feridos em Israel, com alvos incluindo outras cidades como Tel Aviv e Jerusalém. Devido aos danos extensivos, o atendimento no Soroka foi suspenso, e os pacientes foram transferidos para outras unidades médicas na região. A administração do hospital fez um apelo à população para que não buscassem atendimento no local até que a situação fosse normalizada.
O ataque se insere em um contexto mais amplo de escalada de violência entre Israel e Irã, que começou na madrugada da última sexta-feira, quando as Forças de Defesa de Israel lançaram ofensivas contra objetivos iranianos, incluindo centros ligados ao programa nuclear do país. A retaliação do governo iraniano foi rápida e acirrada, levando a temores de que o conflito se intensifique de forma significativa. Desde o início da escalada de hostilidades, mais de 240 pessoas perderam a vida na região, segundo estimativas oficiais.
Em resposta ao ataque, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, condenou a ação e prometeu uma retaliação militar ao Irã, criticando diretamente o líder supremo iraniano, Ali Khamenei. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu também utilizou as redes sociais para classificar o ataque como uma ação de “ditadores terroristas”, afirmando que os responsáveis pagarão um alto preço.
Da parte iraniana, o comando militar alegou que o alvo dos mísseis não era o hospital, mas sim um centro de pesquisas vinculado ao exército israelense nas proximidades. Segundo fontes iranianas, os danos ao hospital teriam sido causados pelas ondas de choque de um foguete.
Além disso, nesta mesma madrugada, Israel lançou ataques aéreos em diversas instalações no Irã, inclusive em um reator nuclear em Khondab, que, segundo autoridades israelenses, estaria relacionado à produção de armas nucleares. Enquanto isso, o governo iraniano informou que não houve feridos no bombardeio das instalações nucleares, embora a tensão entre os dois países continue a crescer, fazendo ressurgir temores sobre uma possível guerra em grande escala na região, especialmente com a possibilidade de envolvimento dos Estados Unidos no conflito.
