Segundo Kanani, ao invés de acusar o Irã, os países ocidentais deveriam se responsabilizar e prestar contas à opinião pública pelas medidas adotadas contra os supostos crimes de guerra cometidos por Israel na Faixa de Gaza. O porta-voz ainda destacou a importância de reconhecer a suposta moderação do Irã nos últimos meses, em contraponto às ações de Israel.
No sábado à noite, o Irã realizou um ataque direto contra Israel, utilizando 330 drones e mísseis, em retaliação ao bombardeio do seu consulado em Damasco. Israel afirmou que o ataque foi frustrado graças a uma coalizão de defesa liderada pelos Estados Unidos, enquanto o Irã declarou ter atingido todos os seus objetivos com a ação.
O governo iraniano ressaltou que informou os Estados Unidos e deu um aviso de 72 horas aos países vizinhos antes do ataque, classificado como “limitado” contra Israel. Kanani explicou que a intenção do Irã era criar um elemento de dissuasão para evitar a repetição das ações do “regime sionista” e proteger os interesses do país.
O ataque gerou preocupação global e apelos por moderação para evitar uma escalada com consequências imprevisíveis, especialmente em uma região marcada pela guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza. O presidente iraniano, Ebrahim Raisi, advertiu que qualquer resposta agressiva de Israel teria como consequência uma represália militar “decisiva e mais forte”.