Ataque de rebeldes em Tel Aviv deixa cratera e 20 feridos; Israel reconhece falha na interceptação de míssil.

Na madrugada desta sexta-feira, um ataque de rebeldes houthis no playground de Jaffa, ao sul de Tel Aviv, resultou em uma cratera e danos aos vidros das janelas de vários imóveis, ferindo quase 20 pessoas. O incidente ocorreu por volta das 3h48 no horário local, levando os serviços de socorro a mobilizar um contingente para atender a emergência.

Os moradores da região foram pegos de surpresa com a explosão. Ido Barnea, cujo apartamento foi danificado, descreveu a visão de uma imensa bola de fogo no céu, comparando-a a cenas de filmes. Noa Mosseri, outra residente de Jaffa, relatou a sorte por não ter tido tempo suficiente para buscar abrigo e escapar ilesa do ataque.

As forças israelenses admitiram falha na interceptação do míssil. O exército do país informou através do Telegram que as sirenes soaram em Tel Aviv e um projétil foi identificado, mas as tentativas de derrubá-lo não obtiveram êxito. A investigação está em andamento para compreender os motivos que impediram a destruição do míssil pelo sistema de defesa de Israel.

Horas após o ataque, os rebeldes houthis assumiram a responsabilidade pelos bombardeios a Tel Aviv. Em comunicado, os insurgentes iemenitas justificaram a ação como uma resposta aos ataques contra Gaza e uma retaliação às agressões israelenses contra o Iêmen.

Em meio à escalada de tensões, na quinta-feira, o exército israelense bombardeou instalações em Sanaa, capital controlada pelos houthis, em retaliação a um ataque anterior que deixou nove mortos em uma escola de Ramat Gan. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que aqueles que atacarem Israel pagarão um preço alto.

Os houthis fazem parte do “eixo da resistência”, uma rede de organizações vinculadas ao Irã e hostis a Israel. Os conflitos na região têm gerado uma série de ataques e represálias, evidenciando a complexidade das relações na região. A coragem dos iemenitas em apoiar a população palestina tem sido exaltada por grupos como o Jihad Islâmico, demonstrando a solidariedade entre os povos oprimidos.

Este episódio reforça a fragilidade da paz na região e a necessidade de diálogo e diplomacia para evitar novos confrontos. O mundo continua atento às tensões no Oriente Médio e às consequências desastrosas de um conflito armado sem fim à vista.

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