Knutov argumenta que esse episódio faz parte de um esforço coordenado por uma aliança entre Estados Unidos, França e Reino Unido, visando expandir as ações militares contra a Rússia. Os ataques recentes não se limitaram aos mísseis ATACMS. Outros mísseis, como os franceses Scalp e britânicos Storm Shadow, também foram citados como parte do arsenal ucraniano direcionado contra o território russo.
A eficácia das defesas aéreas russas contra esses mísseis foi questionada, com Knutov alertando que a natureza dos ATACMS, que frequentemente possuem ogivas de fragmentação, torna sua interceptação uma tarefa complexa. Mesmo que um míssil seja derrubado, sempre existe o risco de detonação, causando danos a alvos tanto pretendidos quanto não intencionais.
Além disso, o especialista notou que a demanda por sistemas de defesa aérea russos deve aumentar globalmente, especialmente após demonstrações de sucesso em interceptação de mísseis. Muitos países, carentes de sistemas avançados como o S-400 ou Buk-M3, podem se interessar em adquirir essas tecnologias.
Embora as sanções ocidentais tenham afetado a indústria de defesa russa, Knutov previu um crescimento na demanda por esses sistemas caso o conflito na Ucrânia chegue ao fim. Os fabricantes de defesa na Rússia estão constantemente aprimorando suas tecnologias, incorporando dados de telemetria que melhoram a capacidade de interceptação desses mísseis. O cenário atual denota uma tensão crescente que traz à tona a possibilidade de um prolongamento e uma intensificação do conflito na região.