Ataque ao Palácio Presidencial do Chade resulta em pelo menos 19 mortes, incluindo paramilitares do Boko Haram, em grave escalada de violência.

Na capital do Chade, N’Djamena, um ataque audacioso ao Palácio Presidencial resultou na morte de pelo menos 19 pessoas. O incidente, que chamou a atenção internacional, teve como alvo o Palácio Rosa, residência oficial do presidente Mahamat Déby Itno. De acordo com o ministro das Relações Exteriores do país, Abderaman Koulamallah, 18 dos mortos eram membros de um grupo paramilitar associado ao Boko Haram, que tem uma longa história de violência na região.

O ataque, realizado por 24 paramilitares do Boko Haram, também deixou um soldado morto e três feridos entre as forças de segurança que respondiam à agressão. Koulamallah relatou que, entre os agressores, seis ficaram feridos durante a confrontação. Informações adicionais indicam que o presidente Déby estava presente no palácio no momento do ataque, embora não tenha sido ferido. Essa presença do líder no local sugere a gravidade da situação e as ameaças permanentes que os líderes da região enfrentam por parte de grupos extremistas.

Em sua conta no Facebook, o ministro das Infraestruturas do Chade, Aziz Mahamat Saleh, tentou tranquilizar a população, afirmando que a situação está sob controle, mas não forneceu maiores detalhes sobre o ataque ou as medidas de segurança que estão sendo implementadas.

O Boko Haram, grupo terrorista nigeriano fundado em 2002, está ativamente envolvido em sequestros e assassinatos, promovendo uma campanha de terror que já se estendeu além das fronteiras da Nigéria. Em 2015, o grupo declarou lealdade ao Estado Islâmico, renomeando-se como Estado Islâmico – Província da África Ocidental (Iswap). Mais recentemente, houve uma separação entre o Boko Haram e o Iswap, resultando na existência de dois grupos distintos. A crescente atividade desses grupos na região do Sahel representa uma preocupação significativa para a segurança nacional do Chade e dos países vizinhos.

As autoridades chadianas agora enfrentam o desafio de consolidar a segurança em meio a essa nova onda de violência, ao mesmo tempo em que buscam manter a estabilidade política em um território já marcado pela instabilidade e pelas tensões internas e externas. O ataque ao Palácio Presidencial ressalta a vulnerabilidade do governo chadiano frente a essas facções insurgentes e a necessidade urgente de estratégias eficazes para garantir a segurança nacional.

Sair da versão mobile