Tragicamente, dois dos militantes, de 28 e 52 anos, não resistiram aos ferimentos e perderam a vida, enquanto um terceiro se encontra em estado grave após ser atingido por um tiro na cabeça. Os feridos foram prontamente socorridos por familiares e encaminhados para o Hospital Regional de Taubaté e o Pronto Socorro de Tremembé, de acordo com informações fornecidas pelas autoridades locais.
Testemunhas relataram que indivíduos chegaram ao assentamento em motocicletas e carros, iniciando uma discussão que culminou nos disparos. Os moradores também afirmaram terem sido ameaçados por um dos agressores, que teria prometido retornar ao local posteriormente. A polícia encontrou cápsulas deflagradas, sangue e armas brancas, como enxadas, picaretas e facas, na cena do crime.
Até o momento, a polícia possui dois suspeitos de participação no ataque, além de um terceiro homem que foi detido por porte ilegal de arma de fogo. O caso foi oficialmente registrado como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo de uso permitido.
O Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar emitiu um comunicado repudiando o crime, e o ministro Paulo Teixeira entrou em contato com autoridades estaduais e nacionais da segurança pública para exigir a punição dos responsáveis por esse “crime bárbaro”. O Partido dos Trabalhadores (PT) também se manifestou, exigindo uma investigação urgente e a punição dos culpados por essa atrocidade.
O incidente no assentamento Olga Benário revela a urgência de se resolver os conflitos de terra no Brasil e a necessidade de garantir a segurança dos movimentos sociais que lutam pela reforma agrária. Tais atos de violência não podem ser tolerados em uma sociedade que preza pela justiça e pelo respeito aos direitos humanos. A comunidade local e as autoridades competentes devem unir esforços para garantir a segurança e a paz nesses territórios vulneráveis.