Ataque a tiros deixa quatro mortos e nove feridos em Novo Hamburgo, RS, após possível surto de atirador.

No município de Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, um trágico episódio envolvendo um ataque a tiros resultou na morte de quatro pessoas, incluindo o próprio atirador, e deixou outras nove feridas. O fato ocorreu a partir da noite de terça-feira (22/10) e se estendeu até a manhã de quarta-feira (23/10), quando houve outro confronto armado.

O autor dos disparos foi identificado como Edson Fernando Crippa, de 45 anos, suspeito de matar seu pai, seu irmão, um policial militar e ferir mais nove pessoas na cidade de Novo Hamburgo, localizada na Região Metropolitana de Porto Alegre, no estado do Rio Grande do Sul.

A Brigada Militar, sob o comando de Cláudio Santos Feoli, relatou que os agentes entraram na residência do atirador por volta das 8h30 e o encontraram morto. A presença policial no local foi motivada por denúncias de maus-tratos.

As casas próximas foram evacuadas por medida de segurança e a população foi orientada a se afastar das imediações. Relatos nas redes sociais sugerem que mais de 300 tiros foram disparados durante o episódio.

Edson, que era motorista de caminhão, possuía quatro armas registradas em seu nome: uma pistola Taurus PT111G2 Cal.9 mm, um rifle Cal.22, uma espingarda Cal.12 e uma pistola .380.

A ocorrência teve início quando a Brigada Militar foi acionada por um casal de idosos que alegava maus-tratos e afirmava ser impedido de sair de sua residência pelo próprio filho. Ao chegarem à casa, os policiais foram recebidos a tiros pelo atirador, que, segundo informações, poderia estar passando por um possível surto.

Entre as vítimas fatais estão o pai do atirador, Eugênio Crippa, de 74 anos, seu irmão, Everton Crippa, de 49 anos, e um policial militar identificado como Everton Kirsch Júnior, de 31 anos. Além disso, a mãe e a cunhada do atirador ficaram feridas.

Os feridos incluem policiais militares e um guarda municipal, sendo que alguns deles foram submetidos a cirurgias devido à gravidade dos ferimentos. O atirador, por sua vez, acabou falecendo durante a ação policial.

Ao longo do incidente, foram feitas tentativas de negociação com o suspeito, que chegou a derrubar drones utilizados pela polícia na operação. As casas próximas à residência onde tudo aconteceu foram esvaziadas como precaução.

No Hospital Municipal de Novo Hamburgo, foram confirmadas as mortes do irmão do atirador e do policial militar, enquanto os demais feridos recebem cuidados médicos, com destaque para a mãe do atirador e sua cunhada, cujo estado é considerado grave.

A população local foi abalada por esse episódio de violência extrema, que chama atenção para a importância de se buscar soluções eficazes para lidar com conflitos familiares e evitar tragédias como essa que assolaram a comunidade de Novo Hamburgo. Exigindo das autoridades reflexões mais profundas sobre prevenção e segurança pública.

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