Discos protoplanetários, formados por gás e poeira, são considerados os principais locais de formação de planetas. O estudo destaca que a estrela no centro desse disco pode ser uma estrela massiva ou até mesmo um sistema estelar binário. O Hubble conseguiu capturar pela primeira vez imagens tão detalhadas na faixa da luz visível, evidenciando a complexidade e a dinâmica desse ambiente.
A doutora Kristina Monsch, parte da equipe de pesquisa do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, expressou a surpreendente natureza das imagens: “O nível de detalhe que estamos vendo é raro em imagens de discos protoplanetários. Os novos registros indicam que os berçários dos planetas podem ser muito mais ativos e caóticos do que anteriormente esperávamos”.
O disco em questão exibe uma assimetria marcante em sua configuração. Imagens mostram um lado apresentando características filamentosas, enquanto o outro mostra uma borda mais nítida e limpa. Essa discrepância sugere que processos dinâmicos, como a acreção de gás e poeira, ou interações com o ambiente externo, estão moldando o disco de maneira complexa. A descoberta também levanta questões sobre a possibilidade de a estrela IRAS 23077+6707 hospedar um avançado sistema planetário.
Monsch ressalta que, embora ainda haja muitas perguntas sem resposta, os dados coletados são um ponto de partida crucial para compreender a formação de planetas em múltiplos ambientes. O estudo oferece uma nova perspectiva para a pesquisa, possibilitando a investigação de como as condições variáveis influenciam a formação e o desenvolvimento de sistemas planetários no universo. A intrigante descoberta promete impulsionar novos estudos e questionamentos sobre as condições que ajudam na formação de mundos semelhantes ao nosso.
