O astrônomo, em suas declarações, detalhou que a descoberta ocorreu em 20 de janeiro deste ano, quando ele utilizou técnicas de fotografia mais profundas, focando em uma área específica do céu. Inicialmente, as imagens não revelavam a verdadeira natureza do objeto observado, que estava se movendo fora do plano da eclíptica, o que gerou questionamentos sobre sua identidade. Contudo, após uma análise meticulosa de várias fotografias, Borisov notou a difusão característica de uma coma, a região ao redor do núcleo de um cometa.
Curiosamente, a órbita deste cometa é inclinada em 91 graus em relação ao plano da eclíptica, quase perpendicular ao trajeto dos planetas do nosso sistema solar. Essa trajetória excentricidade de 0,99 indica que se trata de uma órbita extremamente elíptica, e as estimativas indicam que sua próxima passagem próxima ao Sol ocorrerá somente nas próximas centenas de milhares de anos. De acordo com a pesquisa publicada na Circular de Planetas Menores, a periodicidade do cometa é de aproximadamente 434 mil anos.
Considerando a magnitude estelar do cometa, que é 20,5, os especialistas alertam que ele terá um brilho crescente e será mais acessível aos telescópios a partir do próximo ano. Esta descoberta não apenas enriquece nosso conhecimento sobre cometas, mas também destaca a importância das observações contínuas do céu, uma vez que tais eventos cósmicos são raros e geram um enorme interesse tanto científico quanto no público em geral. À medida que a data de aproximação se aproxima, a expectativa de ver o cometa se intensifica entre os astrônomos e os entusiastas da astronomia.