Asteroide raro de 700 metros em órbita interna a Vênus pode ser uma ameaça à Terra, revela descoberta do Instituto Carnegie.

Um novo e intrigante asteroide foi recentemente descoberto, e sua trajetória orbitando a região interna a Vênus levanta preocupações sobre potenciais riscos para a Terra. Chamado de 2025 SC79, esse asteroide possui um diâmetro aproximado de 700 metros e faz parte do grupo Atira, que compreende objetos cuja trajetória fica completamente dentro da órbita da Terra. Este grupo é relativamente pequeno, e o 2025 SC79 é apenas o 39º membro identificado até o momento.

A detecção desse asteroide é complexa devido à sua baixa luminosidade, que o torna praticamente invisível quando exposto ao brilho intenso do Sol. Essa dificuldade de observação é uma característica comum entre os asteroides que estão mais próximos do nosso astro-rei, tornando a identificação ainda mais desafiadora. O 2025 SC79 é notável não apenas por sua órbita interna a Vênus, mas também por cruzar a órbita de Mercúrio. Ele completa sua revolução ao redor do Sol em um período de apenas 128 dias, o que o coloca como um dos asteroides com menores períodos orbitais conhecidos — superado apenas por dois outros asteroides que levam 115 dias.

Esta descoberta foi realizada por uma equipe de astrônomos liderada por Scott S. Sheppard, do Instituto Carnegie de Ciências. Usando a Câmera de Energia Escura do telescópio Blanco, a equipe conseguiu captar imagens do asteroide em 27 de setembro. Posteriormente, observações adicionais foram realizadas por meio dos telescópios Gemini e Magellan para confirmar sua existência e características.

Os especialistas ressaltam que os asteroides mais perigosos são frequentemente os que são mais difíceis de visualizar. Aqueles que operam sob o brilho do Sol e só são detectados ao amanhecer ou ao entardecer podem potencialmente representar sérios riscos se se aproximarem da Terra. Atualmente, o 2025 SC79 se encontra oculto atrás do Sol, impossibilitando novas observações. Com seu eventual retorno à vista, a comunidade científica está ansiosa para investigar mais sobre sua composição e origem, com a esperança de entender se ele foi originado no cinturão principal de asteroides ou se foi capturado pelo Sol.

Estudo e monitoramento contínuos de asteroides nesse grupo são cruciais não apenas para a segurança do nosso planeta, mas também para o aprofundamento do conhecimento sobre a história do Sistema Solar e os processos que o moldaram ao longo de bilhões de anos.

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