Associação dos Trabalhadores do Estado ameaça greve geral após decreto de corte de servidores públicos na Argentina.



A Associação dos Trabalhadores do Estado (ATE) da Argentina está em pé de guerra com o governo após o presidente Javier Milei assinar um decreto que prevê o corte de 7 mil servidores públicos contratados em 2024. A entidade ameaçou convocar uma “greve geral” a partir desta quarta-feira em protesto contra a medida.

Rodolfo Aguiar, secretário-geral da ATE, afirmou em entrevista à rádio argentina AM 750 que a situação representa “um ataque sem precedentes contra os trabalhadores do Estado”. Ele ainda ressaltou que a mobilização em todo o país está marcada para o próximo dia, e que a entidade está caminhando para uma greve geral. Aguiar também enfatizou que as demissões injustificadas afetam o direito à estabilidade que existe no emprego público.

Além disso, a ATE está se reunindo com representantes do Congresso na tentativa de barrar o decreto. A medida ainda prevê uma fase de avaliações, que durará 90 dias, em todas as estruturas do governo para determinar quais cargos serão mantidos. Esses cortes surgem apenas uma semana depois que o presidente Milei apresentou o Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) – popularmente conhecido como “megadecreto” – que revogou mais de 300 leis com o objetivo de desregulamentar a economia.

A situação gera tensão entre o governo e os trabalhadores do Estado, que se sentem ameaçados com a possibilidade de demissões em massa. A ATE deixou claro que não aceitará nenhuma demissão e está disposta a lutar pelos direitos dos servidores públicos, que desempenham papéis essenciais para o funcionamento das repartições do governo.

Diante desse impasse, fica no ar a expectativa sobre a possibilidade de uma greve geral, que poderia paralisar serviços públicos e gerar impactos significativos na rotina do país. Resta saber como o governo irá lidar com essa crise, que promete se acirrar nos próximos dias.

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