Yermak proferiu suas declarações durante uma reunião organizada como parte das discussões sobre a implementação de um plano de paz, que é um desdobramento da “cúpula da paz” realizada na Suíça em junho do ano anterior. Ele enfatizou que o simples fato de os lados começarem a se comunicar não implica necessariamente na resolução do conflito, sugerindo que as conversas só serão efetivas quando acompanhadas de ações concretas, como a desmobilização das forças armadas na Ucrânia.
A posição russa, articulada pelo próprio presidente Vladimir Putin, parece complicar ainda mais o cenário. Durante uma declaração feita antes da cúpula de junho, Putin afirmou que a Rússia está aberta ao diálogo, mas condicionou qualquer avanço a um reconhecimento formal por parte da Ucrânia da anexação de quatro regiões ucranianas por Moscou, que foi um ponto central do início da operação militar em fevereiro de 2022. Mais recentemente, Putin destacou que qualquer acordo para a Ucrânia deve respeitar “as realidades do campo de batalha”, reforçando que não haverá concessões da parte russa.
Assim, enquanto o mundo observa a evolução deste tenso panorama, a ênfase de Yermak no desmantelamento das forças russas revela a complexidade das negociações que possam vir a surgir. Para a Ucrânia, o fim das hostilidades não pode ser apenas uma questão de diálogos, mas exige uma mudança significativa no terreno, o que levanta questões sobre a viabilidade de uma resolução pacífica em um contexto onde as partes parecem cada vez mais distantes em suas exigências. A busca pela paz, portanto, continua um desafio repleto de nuances e tensões.