Em uma entrevista ao jornal O Globo, Amorim destacou a complexidade da situação e a falta de uma explicação para a não inclusão dos brasileiros. Segundo ele, outros países estão recebendo prioridade e não há razão para suspeitar dos brasileiros. Ele ressaltou que estão há mais de 15 dias pedindo a liberação e que é uma situação absurda, especialmente considerando que há crianças entre elas.
Amorim informou que participará de uma reunião em Paris para discutir o impacto humanitário do conflito entre Israel e Hamas. O encontro foi convocado pelo presidente francês, Emmanuel Macron, durante o Fórum da Paz.
O assessor também relatou ter conversado com o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, apelando para que os americanos ajudem o Brasil a retirar seus cidadãos. Ele ressaltou a preocupação do Itamaraty com o risco de os brasileiros na zona de conflito serem atingidos e a escassez de itens essenciais, como água, alimentos e remédios.
Em uma conversa telefônica, o chanceler de Israel, Eli Cohen, garantiu que os brasileiros serão liberados para atravessar a fronteira até quarta-feira. O chanceler brasileiro, Mauro Vieira, têm feito contatos frequentes com autoridades de Israel, Egito, Qatar e Estados Unidos na tentativa de apressar a liberação dos brasileiros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva também entrou em contato com os presidentes de Israel, Egito e da Autoridade Palestina para tratar desse assunto. A preocupação é grande com a situação dos brasileiros em Gaza, tanto com a possibilidade de serem atingidos pelo conflito, quanto com a falta de itens básicos para a sobrevivência.
A espera por uma solução rápida e a garantia de que os brasileiros serão liberados para atravessar a fronteira é uma prioridade do governo brasileiro nesse momento. A complexidade da situação e a falta de explicações tornam necessário intensificar os esforços diplomáticos para garantir a segurança e o bem-estar desses brasileiros.