De acordo com o deputado, a adoção da SAF é uma tendência para todos os clubes de futebol do país, e Alagoas não é exceção. Por isso, o Parlamento se viu na obrigação de promover essa sessão. Para enriquecer o debate, foi convidado o doutor Gilberto Gornati, professor de Direito na Fundação Getúlio Vargas.
Gornati iniciou a discussão falando sobre o principal objetivo, que é explorar tanto o tema da SAF como a própria lei federal 14.193 e seus instrumentos jurídicos. Ele ressaltou que é importante entender que nem sempre essa legislação, que tem funcionado para alguns clubes, vai funcionar para todos. No entanto, é fundamental desmistificar o que isso significa para os clubes, compreendendo que é facultado a eles se tornar uma Sociedade Anônima do Futebol e dividir seus departamentos, o que pode trazer uma perspectiva melhor de como usar os instrumentos que a legislação forneceu.
O presidente da Federação Alagoana de Futebol (FAF), Ricardo Feijó, parabenizou a iniciativa da Assembleia em discutir o tema e esclarecer dúvidas sobre a SAF. Ele ressaltou que ainda há muitas dúvidas sobre como funciona esse movimento e destacou a importância de entender o que é possível e o que não é, e por que essa mudança pode ser benéfica ou prejudicial para os clubes.
O presidente do CSA, Rafael Tenório, afirmou que desde junho de 2015, quando assumiu a gestão do clube, alertava e fazia propostas para a adoção da SAF. Ele destacou que grandes clubes já se tornaram SAF e que cada clube tem suas particularidades, por isso é necessário encontrar o modelo de parceria mais adequado para o CSA.
O presidente do CRB, Mário Marroquim, reconhece que a SAF é uma tendência atual e muitos clubes estão adotando essa abordagem. Ele ressaltou a importância de tomar decisões embasadas em informações, especialmente considerando as que agora temos disponíveis. Marroquim enfatizou que a discussão promovida pela Assembleia está enriquecendo e fazendo o futebol alagoano aprender.
A Lei federal Nº 14.193, de 6 de agosto de 2021, instituiu a Sociedade Anônima do Futebol e estabeleceu normas de constituição, governança, controle e transparência, meios de financiamento da atividade futebolística, tratamento dos passivos das entidades de práticas desportivas e regime tributário específico.
Além dos parlamentares e especialistas, diversas outras autoridades estiveram presentes no debate, como representantes de associações, secretários, dirigentes de clubes e representantes de entidades esportivas.
A sessão especial proporcionou um espaço de discussão e esclarecimento sobre a SAF no futebol alagoano, trazendo informações relevantes para a compreensão desse movimento e seus possíveis impactos nos clubes e no esporte em geral.









