Na manhã desta segunda-feira, dia 12, o Conselho Escolar, que inclui servidores, pais de alunos e representantes do Conselho Tutelar, organizou uma reunião extraordinária para tratar da grave denúncia. Durante o encontro, os membros decidiram pela abertura do PAD e a transferência do professor para outra unidade de ensino, enquanto se desenrola a investigação.
A acusação ganhou ampla repercussão nas redes sociais, estimulando os estudantes da Escola Moreira e Silva a organizar um protesto no pátio da escola. Os alunos exigiam medidas punitivas contra o educador. Para evitar tumultos, o Batalhão de Policiamento Escolar (BPEsc) compareceu ao local e interveio pacificamente para que a manifestação fosse interrompida sem maiores incidentes.
Em nota oficial, a Seduc afirmou seu compromisso com o bem-estar da comunidade escolar e salientou que ações efetivas contra todas as formas de assédio são prioritárias. “A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) instaurou um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar a suposta conduta de assédio por parte de um profissional da Escola Estadual Moreira e Silva, localizada no Cepa, em Maceió”, declara o comunicado.
No relato da estudante, ela afirma que o professor tentou beijá-la na última sexta-feira, dia 09, o que a levou a denunciar o ocorrido. Segundo a mãe da aluna, a reação da escola foi inicialmente insuficiente. “Ela sofreu assédio do professor. Minha filha ligou desesperada para que eu fosse à escola. Até então, a escola não tinha me ligado. Ela relatou o caso à direção da escola, que falou que o professor não agiu de má-fé, mas ela, como adolescente, se sentiu sim assediada por ele. Estive na escola, teve só o pedido de desculpas, mas depois do alvoroço na internet, a escola resolveu realizar uma reunião para decidir o que fazia com o professor. Não senti da direção acolhimento e também não acreditaram nela”, afirmou a mãe em entrevista.
O caso segue em investigação, e a comunidade escolar aguarda ansiosamente por uma resolução justa e transparente. A situação levanta uma questão crucial sobre a segurança e bem-estar dos estudantes no ambiente educacional, destacando a necessidade de mecanismos eficazes para lidar com denúncias de assédio.