Assata Shakur, ex-Pantera Negra procurada pelo FBI, morre em Cuba aos 78 anos após anos de exílio político e problemas de saúde.

A ex-membro do movimento dos Panteras Negras e ativista histórica, Joanne Deborah Byron, conhecida mundialmente como Assata Shakur, faleceu em Cuba na última quinta-feira, dia 25, aos 78 anos. Esta notícia foi oficialmente confirmada pela chancelaria cubana, que informou que a causa do falecimento foram complicações relacionadas à saúde e ao avançado estado de envelhecimento da ativista.

Assata Shakur se destacou na década de 1960 e 1970 como uma das vozes mais proeminentes da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos, integrando o movimento dos Panteras Negras, que se dedicava à defesa das comunidades afro-americanas em um período marcado por intensa opressão e violência racial. A sua militância incansável e seu ativismo em defesa dos direitos humanos chamaram a atenção das autoridades americanas, que a consideravam uma figura controversa.

Em 1984, após uma série de confrontos com a polícia e acusações que incluíam assassinato, Assata busca refúgio em Cuba, onde recebeu asilo político do então presidente Fidel Castro. A decisão de viver em Cuba foi uma fuga de um sistema judicial que considerava injusto, e lá ela se tornou um símbolo de resistência para muitas pessoas ao redor do mundo, especialmente aquelas que lutavam contra o racismo e as injustiças sociais.

Sua história é multifacetada e repleta de nuances, refletindo uma época de agitação social nos EUA e as complexidades da luta pela igualdade racial. Embora tenha encontrado um lar longe de sua terra natal, Assata sempre foi uma figura emblemática para aqueles que se opõem à opressão em suas diversas formas. Este falecimento marca não apenas o fim da vida de uma mulher que desafiou o status quo, mas também um ponto de reflexão sobre os legados de resistência e as lutas pelos direitos civis, que continuam até os dias de hoje.

Assata Shakur deixa um legado profundo, sendo lembrada tanto por suas conquistas na luta pelos direitos afro-americanos quanto por sua vida de resistência e ativismo. O impacto de sua vida e de suas ações reverberará nas vozes das novas gerações que tomam a frente em movimentos por justiça social atualmente.

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