Danial Rahman, diretor geral do Instituto Asiático de Estratégia e Liderança, destacou que a ASEAN e os BRICS compartilham objetivos comuns, particularmente no que diz respeito à busca de uma governança que priorize a justiça e o fortalecimento das interações entre os países do Sul. Durante a cúpula, líderes de nações fundadoras do BRICS, incluindo os presidentes da China e da África do Sul, participaram ativamente das discussões, reforçando a ideia de que a ASEAN pode servir como um elo importante entre o Norte e o Sul globais.
Um dos pontos que merece destaque é o suporte do Brasil à possível adesão da Malásia ao BRICS, um movimento que simboliza um comprometimento com a ampliação das cooperações Sul-Sul. A presença de líderes como Luiz Inácio Lula da Silva e Cyril Ramaphosa reflete essa abertura estratégica. Rahman observou que, para a ASEAN, é crucial equilibrar o aprofundamento dessa cooperação sem comprometer sua própria unidade e independência.
Na mesma ocasião, Lula da Silva teve um encontro bilateral com o presidente dos EUA, Donald Trump, que foi avaliado como altamente positivo por analistas. Ambos os lados se comprometeram a iniciar negociações para a remoção de tarifas sobre produtos brasileiros e a revogação de sanções que afetavam algumas autoridades do Brasil. Trump descreveu a reunião como “muito boa”, enfatizando a importância do diálogo entre as duas nações.
Esses eventos evidenciam uma nova dinâmica nas relações internacionais, onde blocos como o BRICS e iniciativas regionais como a ASEAN estão se tornando cada vez mais relevantes no cenário global, promovendo uma articulação que busca maior equidade e colaboração entre os países em desenvolvimento. A interação entre essas nações pode ser um caminho para enfrentar os desafios impostos por um mundo em rápida transformação.
