Intitulado nas redes sociais como “ato musical”, o protesto contou com a participação de renomados artistas da música brasileira, como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, Maria Gadú e muitos outros, que se apresentaram em um trio elétrico montado na praia. O comando das atividades ficou a cargo de Caetano, que, em vídeo divulgado anteriormente, fez duras críticas à proposta, rotulando-a de “PEC da Bandidagem” e convocando o povo a manifestar sua insatisfação. “É essencial que a população se manifeste e mostre que não aceita essa urgência legislativa”, disse ele.
Os manifestantes, vestindo camisas vermelhas e amarelas, ressignificaram os símbolos da seleção brasileira em favor do campo progressista, e começaram a chegar ao local já no início da tarde. Muitos utilizaram o metrô para acessar o ponto do protesto, que oficialmente começou às 15h. Entre os gritos de ordem, destacaram-se os que pediam “sem anistia” e clamavam pela prisão de figuras como o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Além das performances musicais, o ato incluiu marchas e um cortejo de blocos, reforçando o caráter festivo da mobilização, mesmo diante da seriedade das pautas discutidas. A presença de representantes políticos, como os deputados Lindbergh Farias, Talíria Petrone e Jandira Feghali, acrescentou ainda mais peso à manifestação, que se alastrou por outras capitais do país ao longo do dia.
Os protestos não se limitaram ao Rio de Janeiro. Entre as principais capitais do Brasil, manifestações ocorreram em lugares como Brasília, Natal, Salvador e Porto Alegre, evidenciando a amplitude do descontentamento popular em relação às propostas que, segundo críticos, atentam contra princípios democráticos. O evento em Copacabana, que reuniu um número expressivo de participantes, foi mais uma vez um chamado à união em defesa da democracia e da justiça social no país.