Artistas de Alagoas Celebram o Dia Internacional do Crochê com Coleção Inspirada nas Belezas Naturais da Região e Histórias de Vida na Arte Manual.

No dia 12 de setembro, comemorado como o Dia Internacional do Crochê, um grupo apaixonado de artesãs de Alagoas, chamado Tecelãs MCZ, uniu suas habilidades e histórias para lançar a coleção “No Balanço do Mar”. Com inspiração nas exuberantes belezas naturais do estado, as artesãs mergulharam em uma paleta de cores que evoca o mar, as praias e os coqueirais, utilizando tons de azul, verde e areia.

Sob a coordenação da professora aposentada Lúcia Galvão, o grupo é formado por outras seis talentosas artesãs: Josélia Costa, Anita Rocha, Ângela Torres, Andiara Brito, Rosângela Nunes e Rozinete Alves. Elas contam com o suporte do programa Alagoas Feito à Mão, uma iniciativa do governo estadual que visa promover e valorizar o artesanato local, gerenciado pela Secretaria de Estado de Relações Federativas e Internacionais (Serfi).

Ao explorar a origem do crochê, as integrantes do grupo aprenderam que essa técnica milenar era, originalmente, uma prática restrita às famílias nobres, sendo repassada de geração em geração nas classes mais altas. A evolução dessa arte foi simbólica, especialmente após a contribuição de Éléonore Riego de la Branchardière, que desenhou padrões de crochê que facilitavam o aprendizado e a cópia para todos.

Lúcia, que começou sua trajetória no crochê aos cinco anos, carrega na memória as lembranças de sua infância cercada por linho e agulhas. Para ela, a popularização do crochê é um sinal de democratização da arte. “É um universo acessível, onde com apenas um fio e uma agulha, uma peça pode ser criada em pouco tempo”, comenta.

Josélia, outra integrante do grupo, recorda seu início no crochê aos nove anos, quando uma vizinha em Sergipe a ensinou durante a confecção de uma colcha. Já Anita teve um percurso diferente; apesar de ter uma avó mestre na técnica, só se interessou pelo crochê após ver um amigo fazendo, enquanto estava na faculdade.

Com um espírito colaborativo e bem organizado, as sete mulheres do Tecelãs MCZ estão não apenas criando, mas também escrevendo uma nova história para o artesanato alagoano. Elas buscam divulgar e comercializar suas obras, unindo força e talento em uma prática que simboliza tradição, beleza e empoderamento feminino.

Sair da versão mobile