O plenário, cercado por deputados da direita que insistiam em impedir a entrada do atual presidente da Câmara, Hugo Motta, para dar início à sessão, foi o cenário onde diversas articulações políticas ocorreram. Lira, juntamente com outros líderes do Centrão, trabalhou para negociar a saída dos bolsonaristas, aceitando em troca o apoio a propostas que incluíam a anistia aos eventos de 8 de janeiro e a limitação do foro privilegiado, o que poderia restringir a atuação do Supremo Tribunal Federal em relação a políticos.
Após intensas discussões em reuniões fechadas, Motta finalmente chegou ao plenário por volta das 22h15. Sua passagem pelo local prendeu a atenção, já que ele se viu cercado por deputados relutantes em ceder espaço. A estratégia utilizada por Motta, que incluiu conversas com os bolsonaristas e o apoio de aliados, terminou por garantir sua entrada e a abertura da sessão, embora sem a votação de propostas.
Ao iniciar os trabalhos, Motta fez um alerta sobre o clima de instabilidade na Câmara e a importância de manter a democracia. Ele destacou que, em tempos difíceis, o diálogo e o respeito às decisões coletivas são fundamentais. Mesmo diante da tumultuada situação, a habilidade de Lira em agir como um mediador foi reconhecida por muitos, consolidando sua posição como uma figura política estratégica e influente.
Esta série de eventos demonstrou não apenas a complexidade das relações políticas em jogo, mas também o papel crucial de líderes como Arthur Lira na manutenção da ordem legislativa. À medida que os conflitos entre os grupos políticos se intensificam, a capacidade de negociação se torna um recurso essencial para a governabilidade.