Entretanto, o objetivo de Motta vai além de auxiliar Lira. Ele busca, conforme seus aliados, libertar o futuro presidente da Câmara de qualquer influência de seu antecessor. Com Lira ocupando um cargo no governo, o próximo presidente da Casa teria mais autonomia para exercer seu papel sem a sombra de Lira pairando sobre ele.
Após quatro anos à frente da Câmara, Lira deixará o cargo. Durante seu mandato, ele conquistou influência entre deputados de diferentes ideologias políticas. Apesar dos esforços de Motta, ainda não há uma decisão definitiva por parte de Lula. A equação se complica para o petista, já que para nomear Lira para a Agricultura, ele precisaria remover o PSD, atual detentor da pasta.
Essa movimentação nos bastidores políticos revela as estratégias e alianças que são feitas visando garantir influência e poder nos altos escalões do governo. Espera-se que a escolha do próximo presidente da Câmara e a composição do governo federal sob a liderança de Lula representem um novo capítulo na política brasileira, com potenciais mudanças na condução das políticas públicas e nas relações entre os poderes Executivo e Legislativo. Ainda há muita expectativa em relação aos desdobramentos dessas articulações nos próximos dias.